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Cirurgia de ginecomastia: entenda o procedimento para reduzir mamas masculinas

Médico cirurgião plástico, Jairo Casali tira as principais dúvidas sobre uma das cinco cirurgias plásticas mais realizadas pelos homens

A cirurgia de ginecomastia ganhou repercussão nos últimos dias depois que o ex-BBB Eliezer contou aos seguidores que passou pelo procedimento, associado à lipoaspiração, para reduzir os seios. No entanto, a procura por esse tipo de cirurgia plástica é bem mais comum do que se imagina – está entre as cinco mais realizadas pelo público masculino, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). 

A ginecomastia significa o aumento da glândula mamária em homens, provocada por diversos fatores. De acordo com o médico cirurgião plástico Jairo Casali, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da ISAPS, as causas podem ser alterações hormonais, obesidade, doenças hepáticas, alguns tratamentos com hormônios anabolizantes ou hormônios femininos, por exemplo. 

Ainda existem motivos mais infrequentes, como consumo de drogas, tumores testiculares ou pulmonar, hipertireoidismo, derrame pleural ou tuberculose. Por isso, uma investigação diagnóstica meticulosa é sempre mandatória, esclarece Casali. “Há também a ginecomastia do adolescente, aumento da glândula geralmente associado ao sobrepeso e que pode regredir ao longo do crescimento, sem deixar sequelas”, pondera.

Casali explica que o procedimento é recomendado quando a ginecomastia não tem mais possibilidade de regredir sozinha, e sua presença gera desconforto estético ou psicológico ao homem. Segundo o especialista, todos os possíveis motivos precisam ser investigados e devidamente excluídos ou tratados previamente. “Quando a glândula cresce até determinado ponto, não vai diminuir, e, por isso, cabe a remoção cirúrgica”. 

A intervenção cirúrgica deve ser feita em ambiente hospitalar por cirurgião plástico, com anestesia geral ou local. “Pode incluir apenas a retirada da porção excedente da glândula mamária, por meio de um pequeno corte nas aréolas, ou pode incluir junto a lipoaspiração do tórax, se houver acúmulos de gordura associados”, descreve Casali, acrescentando que, quanto menos flácida for a pele da região, melhor será o resultado.

Segundo o médico, no período que antecede a cirurgia, devem ser realizadas as investigações laboratoriais e por imagens, além do preparo habitual de risco cirúrgico. O especialista reforça, ainda, que, após o procedimento, o paciente deverá cuidar dos curativos, usar colete compressivo por um período, seguir rigorosamente as sessões de reabilitação de fisioterapia dermatofuncional e fazer um repouso relativo por cerca de sete a 10 dias.

 

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